Rombo nas contas públicas está perto de recorde

A dívida líquida do setor público (DLSP) superou o patamar da pandemia e está bem próxima do recorde histórico do plano real, atingido em 2002. Em maio, a Dívida Líquida atingiu 62,2% do PIB (Produto Interno Bruto), de acordo com dados do Banco Central divulgados na semana passada.

A DLSP é um indicador econômico que representa a diferença entre os passivos financeiros (dívidas) e os ativos financeiros do governo. Em termos simples, ela é calculada subtraindo os ativos financeiros do governo (como reservas internacionais e créditos) de suas obrigações totais (como títulos de dívida e empréstimos).

Esse indicador é fundamental para avaliar a sustentabilidade fiscal de um país, pois mostra o valor real das obrigações do governo, considerando seus recursos disponíveis para pagamento.

Já a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) subiu para 87,5% do PIB na metodologia internacional. A DBGG considera apenas os passivos financeiros, sem descontar os ativos financeiros.

Em reais, a DBGG aumentou de R$ 8,424 trilhões em abril para R$ 8,523 trilhões em maio, representando um crescimento de quase R$ 99 bilhões.

A DBGG, ou Dívida Bruta do Governo Geral, representa a soma das obrigações financeiras do governo central, governos estaduais e governos municipais de um país. É um indicador crucial da saúde financeira de uma nação.

Níveis elevados de DBGG podem sinalizar dificuldades econômicas e a necessidade de políticas fiscais mais rigorosas. Além disso, afeta a confiança dos investidores, pois uma dívida alta pode aumentar o risco percebido e dificultar a atração de investimentos

O resultado primário (não inclui juros da dívida) no acumulado dos últimos 12 meses subiu para 2,53% do PIB e o nominal (inclui juros da dívida) avançou para 9,57% do PIB.

“A atual dinâmica fiscal é preocupante e continuamos sem qualquer sinal de um ajuste que interrompa a atual trajetória de crescimento da dívida. Neste tipo de configuração de deterioração fiscal, a política monetária perde a sua eficácia e ingressamos em um ciclo vicioso de dominância fiscal, em que aumentos na taxa de juros podem deixar de produzir efeitos no combate à inflação”, afirma Richard Rytenband, analista-chefe da Convex Research.

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