
Títulos públicos brasileiros têm queda expressiva em janeiro; entenda
As pressões inflacionárias e a expectativa de aumento dos juros nos Estados Unidos pressionaram as taxas de juros futuras no Brasil e impactaram o rendimento
As aplicações financeiras têm como objetivo preservar o capital do investidor e ajudá-lo a construir um patrimônio mais sólido e robusto ao longo do tempo, certo?
O problema é que essa teoria se mostra falha quando analisamos a aplicação mais popular do país, a caderneta de poupança.
Nos últimos 12 meses, o rendimento da caderneta de poupança foi de apenas 1,71%, segundo dados do Banco Central. Ao mesmo tempo, a inflação medida pelo IPCA (Índice Preços ao Consumidor Amplo) ficou em 8,99% no mesmo período.
Isso significa que o investidor da poupança teve um retorno real negativo de 7,28% nos últimos 12 meses. Na prática, para cada R$ 100 aplicados, é como se a inflação tivesse corroído R$ 7,28, tirando boa parte do poder de compra do investidor.
Parece pouco? Pois faça o mesmo cálculo considerando um investimento de R$ 100 mil na poupança. Quem tinha essa quantia aplicada nos últimos 12 meses perdeu mais de R$ 7,2 mil em poder de compra no período. Muita coisa, não é mesmo?
Richard Rytenband, economista e CEO da Convex Research, vem alertando há muitos anos sobre a perda de poder aquisitivo do investidor da poupança.
“Em 2012, em uma entrevista concedida à revista ADVFN, eu alertei sobre os riscos de perda real (quando se considera a inflação) dos investimentos em poupança. Por incrível que hoje possa parecer, esta declaração foi considerada polêmica e um absurdo para a época. Tempos depois, esta questão se tornou uma unanimidade entre os educadores financeiros”, afirma.
As aplicações em renda fixa pós-fixada atrelada ao CDI também tiveram um desempenho muito abaixo da inflação no último ano.
De acordo com o Banco Central, entre agosto de 2020 e agosto de 2021, o CDI rendeu 2,44%. Um CDB que paga 100% do CDI, portanto, rendeu exatamente esse valor bruto. Mas ainda tem o desconto de Imposto de Renda, que cobra uma alíquota de 20% para resgates em 12 meses.
Portanto, quem investiu em um CDB a 100% do CDI e retirou o dinheiro depois de 12 meses obteve um rendimento de apenas 1,95% no período, contra 8,99% da inflação medida pelo IPCA.
Infelizmente, não há como escapar de aplicações atreladas ao CDI ou à Selic para montar a sua reserva de emergência.
Afinal de contas, o dinheiro dessa reserva deve ser alocado em um investimento pós-fixado, com liquidez diária e risco baixíssimo de crédito.
Isso quer dizer que, no cenário atual, a parte do seu portfólio destinada à reserva de emergência vai acabar rendendo menos do que a inflação, e não há como fugir disso.
No entanto, é fundamental que o restante do seu patrimônio esteja alocado em aplicações que garantam um retorno robusto no longo prazo, sempre acima da inflação. Desta forma, o ganho real negativo da reserva de emergência será compensado com os seus outros investimentos.
Para proteger seus investimentos da corrosão pela inflação é importante ter uma carteira de investimentos diversificada, que tenha exposição à várias classes de ativos, respeitando seu perfil de risco.
Neste contexto, o portfólio poderá incluir alguns ativos que funcionam como reserva de valor, como o ouro e o bitcoin, que protegem o patrimônio da corrosão da inflação ao longo do tempo.
Quando o investidor possui uma carteira diversificada e convexa, com ativos que estão enquadrados na etapa correta do ciclo econômico, a tendência é que seu retorno de médio de longo prazo seja mais elevado e consistente, bem acima da perda provocada pela inflação.
“A minha mensagem é que você adote princípios de investimentos que te mantenham investidor por toda vida, tomando sempre cuidado com euforias, narrativas e atalhos. Pense em termos de gerenciamento de risco e invista pesado em conhecimento de base. Isto fará a diferença nos mercados”, conclui Rytenband.
As pressões inflacionárias e a expectativa de aumento dos juros nos Estados Unidos pressionaram as taxas de juros futuras no Brasil e impactaram o rendimento
Os riscos fiscais cada vez mais elevados, a alta da inflação e todo cenário político-econômico conturbado no país estão fazendo com que as taxas de
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics". |
cookielawinfo-checkbox-functional | 11 months | The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary". |
cookielawinfo-checkbox-others | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other. |
cookielawinfo-checkbox-performance | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance". |
viewed_cookie_policy | 11 months | The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data. |