
Títulos do Tesouro Direto desabam até 33% no acumulado do ano
Os riscos fiscais cada vez mais elevados, a alta da inflação e todo cenário político-econômico conturbado no país estão fazendo com que as taxas de
As pressões inflacionárias e a expectativa de aumento dos juros nos Estados Unidos pressionaram as taxas de juros futuras no Brasil e impactaram o rendimento acumulado dos títulos públicos federais negociados pelo programa Tesouro Direto.
Em janeiro, os títulos públicos prefixados e atrelados à inflação tiveram queda significativa. De acordo com dados do Tesouro Nacional, a maior queda dos últimos 30 dias ficou com o título Tesouro IPCA+2045, que recuou 11,71% no período.
Em segundo lugar aparece o Tesouro IPCA 2035, com desvalorização de 6,38% no mês passado, seguido pelo Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2055 (-5,14%) e pelo Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2050 (-4,69%).
Os títulos prefixados também encerraram o primeiro mês do ano no vermelho. A maior queda ficou com o Tesouro Prefixado com juros semestrais 2031, que desvalorizou 3,52%. Logo depois aparece o Tesouro Prefixado com juros semestrais 2029 (-3,45%) e o Tesouro Prefixado 2026 (-2.34%).
Entre os eventos que vêm impactando a curva de juros brasileira está a indicação do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano) de subir os juros na próxima reunião do Fomc (Comitê de Mercado Aberto, na sigla em inglês).
A alta da taxa de juros nos EUA afeta a precificação de ativos em todo o mundo, já que a tendência é que os investidores direcionem seus recursos de forma ainda mais acentuada para os EUA.
A combinação entre o “porto seguro” dos investidores – já que o país é considerado o mais seguro do mundo para investimentos – com uma remuneração mais alta poderá reduzir a liquidez global, pressionando a cotação dos ativos financeiros – como vimos em janeiro no Tesouro Direto.
Aliado a isso, o Brasil ainda lida com um cenário de inflação elevada. No ano passado, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) ficou em 10,06% e para este ano a expectativa do mercado é que o índice de inflação oficial fique na faixa dos 5%.
No último relatório Focus, do Banco Central, a projeção dos analistas para o IPCA passou de 5,15% para 5,35%.
Renda fixa com volatilidade?
A lógica por trás das oscilações de preços dos títulos públicos é a seguinte: se as taxas prefixadas registram alta nos títulos que estão à venda, o papel que o investidor comprou com uma taxa mais baixa vai perder valor de mercado.
Para ficar mais claro, vamos dar um exemplo. Digamos que você compre hoje, por R$ 4.000, o título Tesouro IPCA+ com vencimento em 2055 pagando uma taxa prefixada de 5,77% a.a + IPCA.
Agora imagine que daqui a uma semana, esse mesmo título passe a ser comercializado no site do Tesouro Direto com uma rentabilidade de 6,5% a.a +IPCA.
Se você quiser vender seu título agora, ele valerá menos do que os R$ 4.000 que você pagou, concorda? Afinal, pelos mesmos R$ 4.000 já é possível comprar um papel que paga 6,5% ao ano.
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As aplicações financeiras têm como objetivo preservar o capital do investidor e ajudá-lo a construir um patrimônio mais sólido e robusto ao longo do tempo,
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