Núcleo de inflação dos EUA atinge maior nível desde 1992

A inflação não para de subir em vários países do mundo e diversos indicadores mostram que uma tempestade perfeita está em curso.

Um dos sinais vem do núcleo de inflação dos Estados Unidos, que exclui itens considerados mais voláteis, como alimentos e energia. Ele está no maior patamar desde 1992, como mostra o gráfico abaixo, disponibilizado pelo economista Richard Rytenband, CEO da Convex Research.

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“Mesmo com tantos sinais, tem pessoas que ainda não entenderam a dinâmica da tempestade perfeita para a inflação. E é importante destacar que este fenômeno não está restrito aos Estados Unidos e Brasil”, destaca o economista.

Em maio, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,6% nos EUA e 5% na base anual, acima do esperado pelos economistas, de acordo com dados divulgados pelo Bureau of Labor Statistics (BLS).  O aumento veio acima das projeções dos analistas.

Para se ter ideia, a alta na base anual é a maior para o período desde agosto de 2008, quando o indicador havia subido 5,3%.

Observando apenas o núcleo da inflação, a alta foi de 0,7% na comparação com abril e 3,8% frente maio do ano passado, ambas bem acima do consenso do mercado.

Inflação deve continuar subindo

Para economistas, a tendência é que a inflação continue em tendência de alta, inclusive nos EUA.

“Prevemos que a inflação global seguirá pressionada nos próximos meses, devido aos gargalos de oferta e à elevada demanda”, disseram os economistas da FGV, em relatório divulgado no final do mês passado.

O próprio Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) já prevê um aumento maior dos preços.  Em sua última reunião, realizada nesta semana, os dirigentes Fed elevaram a projeção para a inflação medida pelo PCE, passando de 2,4% para 3,4% este ano, com o centro do PCE passando de 2,2% para 3%.

Já para 2022 a perspectiva agora é de 2,1%, ante 2,0% projetado anteriormente.

Rytenband destaca outros sinais que devem acontecer nos próximos meses, indicando problemas ainda maiores pela frente. “Fiquem atentos as pressões por aumentos salariais e a escassez de trabalhadores nos Estados Unidos (principalmente desencadeada pelos programas de apoio a renda que retiraram muito americanos da força de trabalho)”, alerta.

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