Você com certeza conhece investidores que utilizam a análise fundamentalista para embasar as decisões de investimento. Também deve conhecer pessoas que fazem aplicações baseadas em análise de gráficos, observando os melhores momentos para comprar ou vender determinado ativo.
Mas você sabia que há uma estratégia que combina análise fundamentalista, técnica, comportamental e quantitativa para embasar a análise nos investimentos? Essa abordagem é conhecida como Análise Fusion e foi desenvolvida pelo gestor John Palicka no livro “Fusion Analysis: Merging Fundamental, Technical, Behavioral, and Quantitative Analysis for Risk-Adjusted Excess Returns“, em português livre “Análise Fusion: Mesclando Análise Fundamentalista, Técnica, Comportamental e Quantitativa para obter o maior Retorno Ajustado ao Risco”
“Essa abordagem não é muito utilizada nas estratégias de investimentos convencionais, mas, na minha opinião, pode oferecer vantagens que cada disciplina sozinha não consegue”, escreve Palicka, na introdução da obra.
Alguns investidores até tentam usar análise técnica e fundamentalista de forma conjunta, mas muitos não obtêm resultados satisfatórios. Isso acontece porque os dois métodos podem se contradizer, deixando a pessoa confusa sobre qual deles priorizar. “Imagine que a análise fundamentalista traga boas informações da empresa, com números atraentes. No entanto, ao olhar os gráficos, a situação muda e o resultado não é muito favorável”, descreve Palicka.
Neste caso, é preciso saber como mesclar essas análises. “Pense desta forma: se você tiver um botão e um tecido em suas mãos, eles não serão unidos por mágica. Você vai precisar de uma linha para costurar o botão naquele pedaço de pano”, diz o autor.
A parte quantitativa pode utilizar modelagens com valores históricos dos ativos, médias, topos e fundos. Todas as informações agregadas irão ajudar o investidor a entender melhor o comportamento do papel ao longo do tempo.
O autor também mostra como reconhecer padrões comportamentais como medo, ganância e impulso na hora de investir. O objetivo é evitar as consequências emocionais que podem abalar o investidor e trazer resultados negativos para seu portfólio.
“Depois de fundir todas as estratégias, você pode ajustar seus riscos para obter o maior retorno possível”, afirma Palicka.
Na equipe dos grandes fundos de ações existem diversos profissionais. Entre eles estão os analistas fundamentalistas – que se debruçam em números do balanço e em todas as informações públicas disponíveis da companhia.
Existe também a figura do gestor – ou portfólio manager. Cabe a este profissional avaliar todas as teses que foram apresentadas pelos analistas e definir quais serão os ativos que realmente irão compor a carteira do fundo. Essa decisão pode ser concentrada em uma única pessoa ou então ser dividida entre mais de um gestor ou comitê de investimentos.
A próxima etapa é concluir a compra ou venda do papel, que é definida pelo operador do fundo – também chamado de “trader”. Essa é a pessoa que tem contato direto com os Brokers das corretoras e fica responsável pela parte operacional de compra e venda dos ativos
Todas essas etapas, analisadas separadamente, podem dar a impressão errada de que foi feita uma Análise Fusion. No entanto, existe uma diferença importante: na Análise Fusion, as abordagens são realmente mescladas e definidas por meio de técnicas quantitativas, levando também em consideração o aspecto comportamental do investidor – algo que os fundos tradicionais ainda não fazem de forma corriqueira.
Na Convex Research, a metodologia utilizada para análise do mercado acionário leva em consideração a estratégia Fusion, e acrescenta camadas a mais. Ou seja, são milhares de informações analisadas e vistas em conjuntura, sem desprezar nenhuma ótica. O maior desafio ao mesclar essas diferentes disciplinas do conhecimento, é realmente conseguir conectar os pontos.
Nos relatórios da Convex é possível ter acesso a diferentes insights e indicadores destas e outras disciplinas das análises financeiras, que são atualizados semanalmente, permitindo ao nosso assinantes ter acesso a um olhar único sobre os mercados através do acesso a dados e informações por diferentes óticas.
John Palicka é atualmente presidente da Global Emerging Growth Capital, holding que atua na gestão de ativos e consultoria de investimentos.
Com décadas de experiência no mercado financeiro, ele começou a carreira nos anos 1970, em empresas de investimentos como a Prudential. Nesta época, ele já adotava a Análise Fusion como sua principal abordagem de investimento.
“Eu misturava análise técnica e fundamentalista, incluindo aspectos comportamentais e quantitativos”, afirma. “Dê uma olhada no material do apêndice do livro e você encontrará minhas primeiras recomendações de Análise Fusion em relatórios sobre a Mite Corporation e a FCA International LTD desde a década de 1970”, pontua.
Você tem interesse em aprender mais sobre essa estratégia, o livro de John Palicka está disponível através da Amazon. Acesse: https://www.amazon.com.br/Fusion-Analysis-Fundamental-Technical-Risk-Adjusted/dp/0071629386?
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