Convex Day: um resumo do evento memorável e repleto de insights
Na última terça-feira (24), os investidores puderam participar de mais uma edição do Convex Day, nosso aguardado evento presencial realizado no Hotel Unique, em São
A Convex Research realizou no dia 14 de outubro seu evento presencial no hotel Unique, em São Paulo, com a participações de grandes nomes do mercado financeiro.
No primeiro painel, Roberto Lee, CEO da Avenue, apresentou sua visão sobre o momento atual para aplicações no exterior e destacou a grande oportunidade no mercado de renda fixa norte-americana.
“Estamos vivendo a maior taxa de retorno nominal e real nos títulos de dívida norte-americanos dos últimos 15 anos. Na minha vida como investidor, nunca tinha visto uma oportunidade como essa, com retornos nestes patamares”, disse Lee.
Segundo ele, os investidores que ainda não possuem nenhuma exposição ao mercado financeiro dos EUA têm ótimos motivos para começar o quanto antes.
“Para quem quer iniciar a sua jornada como investidor no exterior, com preservação de capital, não poderia haver um melhor momento para iniciar.”, afirmou.
O CEO da Avenue ainda destacou que os brasileiros já estão percebendo a importância de investir nos EUA para preservar o capital com boas aplicações feitas em moeda forte.
“Chamamos de “Funny Money” aquele recurso mais direcionado para o risco e até um pouco de especulação. Já o Scary Money é aquele dinheiro que você não pode perder e precisa preservar, garantindo a tranquilidade da sua família”, disse o executivo.
Lee lembrou que há cerca de 5 anos, no imaginário das pessoas, investir no exterior beirava a ilegalidade. Um pouco depois, as pessoas passaram a entender que não era ilegal, mas colocavam como uma opção muito arriscada. Era o tal do “Funny Money”, dinheiro do investidor que buscava alternativas mais voláteis, como as ações.
Agora, ele diz que o investidor evoluiu para uma percepção de preservação de capital. “Hoje, mais de 80% dos recursos que captamos são destinados a investimentos em renda fixa, os bonds de empresas e do governo, mostrando essa mudança de mentalidade para a preservação do patrimônio em bons ativos e moeda forte”, destacou o CEO da Avenue.
O segundo painel contou com a presença de Roberto Dumas, professor do Insper e um dos maiores especialistas do país em economia chinesa.
Ele destacou a importância de o Brasil diversificar seus parceiros comerciais, evitando a dependência da China nas exportações.
“O que o Brasil está fazendo para diversificar as vendas, principalmente de commodities agrícolas? Nós não podemos depender apenas de um país. No agronegócio, estamos vendendo principalmente para a China, mas tem um ponto muito importante: os chineses estão investindo em agronegócio na África.
Dumas afirmou que pode demorar algum tempo para a China começar a importar da África, mas eles sempre pensam no longo prazo. “E como nós ficamos nesta história? Onde está o acordo entre o Mercosul e a União Europeia? Precisamos de acordos multilaterais com outros países”?, questionou.
O professor acrescentou que o Brasil não pode ficar dependente de uma única economia com a desculpa de que vai proteger a indústria nacional. “Não é ‘fechando a porta’ que ficaremos mais competitivos. Para que possamos competir, o mais importante é investir em educação”, concluiu.
Caio Sanas, advogado especialista em Web 3/ Blockchain, participou do terceiro painel e trouxe insights sobre o mercado de tokenização. Ele destacou um artigo do MIT (Massachusetts Institute of Technology) publicado recentemente com o seguinte título: O mundo será tokenizado.
“Cada vez eu tenho mais certeza disso. A tokenização reduz custos de transação, oferece mais transparência, governança e celeridade nas relações econômicas”, afirmou.
Ele deu o seguinte exemplo: para comprar uma máquina de US$ 1 milhão de uma empresa que está situada na Europa, o empresário brasileiro precisa fazer uma transferência convencional e pagar uma taxa para o Swift (sistema de transferências internacionais). E ainda precisa esperar o tempo de conclusão desta transação.
‘Usando um token, a transação seria concluída de maneira instantânea, reduzindo custos, trazendo mais transparência e governança para todas as operações. Por isso não há como voltar atrás: a economia tende a caminhar para um mercado 100% tokenizado”, disse.
O quarto painel contou com a presença de Fabio Faria, analista e fundador do canal do Holder. Ele falou sobre as oportunidades no mercado de Real State americano e brasileiro, além de mostrar um pouco mais da sua forma de selecionar Reits – os fundos imobiliários dos EUA.
Faria começou a investir nos EUA em 2015 e desde então vem comprando Reits. Desde a pandemia, essa foi a classe de ativos em que mais aportou recursos.
Ele destacou que um ponto importante para quem vai investir nesses ativos é se atentar para a alavancagem do fundo. Para evitar Reits muito alcançados, ele faz um filtro e retira todos aqueles que estão com uma dívida muito elevada.
Depois, ele realiza uma seleção de setores e escolhe os que pretende investir – nos EUA existem cerca de 14 setores diferentes dentro dos Reits.
Outro fator importante é diversificar a exposição geográfica macro nos EUA, com imóveis tanto na região Nordeste – Nova York e Boston -, quanto Califórnia e em outros estados.
Richard Rytenband, analista-chefe da Convex, também destacou que o cenário de estagflação que vivemos atualmente beneficia ativos reais, como os imóveis. Mesmo que haja algumas oscilações de preço pelo caminho, a tendência é que os imóveis tenham uma forte valorização nestes períodos da economia.
Rytenband lembrou que na estagflação dos anos 1970, o preço dos imóveis nos EUA recuou durante a primeira grande onda inflacionária, mas isso abriu uma enorme janela de oportunidade. Quando veio a próxima onda de inflação, pouco tempo depois, o preço dos imóveis disparou.
O Convex Day 2023 contou ainda com um painel com três mulheres de destaque no mercado financeiro: Thata Saeter, diretora Institucional da Convex, Paula Moraes, apresentadora e fundadora do canal BM&C News e Fernanda Guardian, especialista na área de Trust.
Elas debateram sobre o novo olhar do brasileiro para investimentos no exterior e os melhores veículos de exposição para os mercados globais. Veja alguns pontos citados por cada uma delas:
Thata Saeter – Diretora Institucional da Convex
Queremos levar aos investidores pessoa física uma análise aprofundada dos ativos globais, algo inédito e que antes só estava disponível para os grandes hedge funds. Ajudamos nossos assinantes a construir uma carteira para preservar o seu patrimônio, fazendo com que eles entendam o que está acontecendo tanto na economia brasileira quanto global.
Fernanda Guardian – Especialista na área de Trust
Eu percebo que o investimento internacional está cada vez mais democratizado. Se antes investir no exterior era visto como uma mera diversificação do portfólio, hoje é encarado como uma forma de defesa do patrimônio frente a fundamentos deteriorados da nossa economia e um risco país elevado.
Paula Moraes – Apresentadora e fundadora do canal BM&C News
Temos visto um aumento do interesse do público por informações sobre investimentos de uma forma mais global. Vivemos uma fase de amadurecimento dos investidores, que começam a olhar para economias mais estáveis e com melhores perspectivas. Com o avanço da tecnologia, o acesso a esses investimentos globais foi simplificado, abrindo a oportunidade para que os investidores pudessem dolarizar seu patrimônio.
No encerramento do evento, Richard Rytenband participou de um painel sobre alocação de ativos no cenário atual, ao lado do analista de critptomoedas da Convex, Giovanni Rosa.
Rytenband trouxe vários insights e destacou o preço atual do Bitcoin, lembrando que a criptomoeda foi “deixada de lado” por boa parte dos investidores. “Uma das grandes assimetrias atuais do mercado é o Bitcoin. Ele não está mais no “hype” como há alguns anos, as pessoas têm medo de recomendar, mas nós enxergamos a oportunidade”, disse.
Giovanni Rosa destacou um estudo que mostra que os investidores de curto prazo tendem a ganhar muito menos com o Bitcoin do que aqueles que investem com uma janela maior de tempo.
“O preço médio de compra dos investidores de longo prazo é de US$ 10 mil, enquanto o preço médio daqueles que operam no curto prazo têm preço médio de US$ 29 mil”.
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