A escassez do Bitcoin: apenas 21 milhões de unidades para 8 bilhões de pessoas

Você já parou para pensar que existem carca de 8 bilhões de pessoas em todo o mundo, enquanto o número máximo de bitcoins está limitado em 21 milhões de unidades?

Fazendo uma conta rápida, isso significaria que se todos os habitantes do planeta investissem em bitcoin, haveria apenas 0,0026 unidade de BTC para cada pessoa. É muito pouco.

Mas a situação de escassez na verdade é ainda maior, como explica a diretora de Operações da Convex Reserarch, Thata Saeter. Isso porque estima-se que 3 milhões de BTCs já foram perdidos – são considerados assim porque estão há mais de 10 anos sem movimentação. “Então serão cerca de 18 milhões de Bitcoin quando todos tiverem sido minerados”, afirma Thata.

Pois é exatamente essa a definição de um ativo escasso, que tende a se valorizar com o tempo e proteger o patrimônio da corrosão do dinheiro pela inflação.

Nas moedas tradicionais não existe um limite de emissão. Os bancos centrais podem imprimir dinheiro sempre que os governos acharem que é necessário.

Essa emissão descontrolada de dinheiro acaba gerando inflação. O exemplo mais claro disso é justamente o que aconteceu no mundo nos últimos anos. A injeção de liquidez nos países tinha objetivo de diminuir os impactos causados pela crise da pandemia de Covid-19.

No entanto, como era esperado, a inflação disparou em diversos países, incluindo o Brasil e os Estados Unidos.

Com o bitcoin isso não acontece. Atualmente, existem pouco mais de 19 milhões de BTCs em circulação e a mineração de novas unidades é cada vez mais complexa e demorada.

Quando o sistema atingir a quantidade máxima de 21 milhões de BTCs, a emissão será encerrada definitivamente.

Por isso, ter uma reserva de valor em bitcoin tende a garantir que o seu patrimônio esteja protegido das grandes desvalorizações das moedas que sempre acontecem durante o tempo.

O real, por exemplo, já vale menos de 1/5 do que valia quando foi implementado, em 1994.

Escassez deve ser afetada com ETFs Spot

Recentemente, diversas grandes gestoras  de recursos entraram com pedido na SEC para o lançamento de ETFs (Exchange Traded Fund) de Bitcoin Spot (à vista) nos EUA, ou seja, que possuem lastro diretamente no ativo.

Entre as instituições que fizeram o pedido estão a Black Rock – maior gestora de recursos do mundo, com mais de US$ 7 trilhões sob custódia -, a Fidelity, entre outras – indicando o grande apetite dos investidores institucionais.

Até agora, os únicos ETFs de Bitcoin existentes nos EUA estão lastreados em contratos futuros da criptomoeda, o que torna esse possível novo produto algo inédito no mercado norte-americano.

No entanto, esse tipo de produto deve impactar a escassez da principal criptomoeda do mercado.  “Com o poder financeiro que estas instituições possuem, uma entrada de grandes investidores institucionais em um ETF lastreado diretamente no Bitcoin (spot) tem um impacto imenso”, afirma Thata Saeter.

Richard Rytenband, economista e CEO da Convex, destaca que com a criação de um ETF como este, os advisors (profissionais que auxiliam os investidores na alocação de recursos) terão mais facilidade em recomendar o ativo para os seus clientes.

“O mercado de advisors nos EUA é gigantesco, em torno de US$ 30 trilhões. A grande maioria dos investidores de varejo operam com eles, é um percentual muito maior do que aqueles que investem por conta própria.  Por isso, a aprovação de um ETF Spot de Bitcoin no mercado norte-americano significa um desequilíbrio absurdo na dinâmica de oferta e demanda, já que o BTC é um ativo escasso”, afirma Rytenband.

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