“Estamos entrando na era da separação do Estado – Dinheiro”, diz executivo de criptomoedas

Nesta semana, o programa SmartMoney contou com a participação de João Canhada, CEO e fundador da FoxBit – uma das primeiras corretoras de Bitcoin e demais criptomoedas do Brasil. Canhada possui vasto conhecimento no ecossistema das criptomoedas e foi um dos primeiros brasileiros a realizar interações no maior fórum sobre o assunto do mundo – Bitcointalk.

O programa abordou as perspectivas do fundador da Foxbit para o mercado de criptoativos no curto e médio prazo.

Para Canhada, desde a criação a criação do paper do Bitcoin, em 2008, o mundo passou a viver uma grande revolução.

Ele compara o momento presente com a separação que houve entre Estado e Igreja, séculos atrás. “Agora nós estamos passando pela separação do Estado/Dinheiro”, equipara.

O executivo afirma que o mundo está entrando na era das “moedas privadas”, quando tokens começam a ser emitidos por grandes corporações – como Amazon, Facebook e outras bigtechs. “Realmente a gente vai ter uma disrupção pesada na forma como o dinheiro existe atualmente”, destaca.

“Vai ser curioso, daqui a algum tempo, as pessoas olharem para trás e perguntarem: Vocês não confiavam na matemática que o Satoshi Nakamoto usou para criar o BTC, mas confiavam em políticos? Como a humanidade conseguiu sobreviver por centenas de anos confiando em políticos imprimindo dinheiro de forma autoritária? Esse será o questionamento dos meus tataranetos”, diz.

Custódia dos BTCs

Mesmo sendo CEO de Exchange, Canhada destaca que sempre enfatiza para os clientes a importância de manter a auto custódia dos bitcoins,

“Sempre orientei e vou continuar orientando as pessoas que investem pensando no longo prazo a retirar a custódia da corretora e guardar o Bitcoin consigo mesmo. Se for um day trader e quiser operar no dia a dia, é diferente. Mas no longo prazo, eu sempre ensino a auto custódia”, afirma.

O executivo da Foxbit destaca que esse tipo de cuidado pode garantir a tranquilidade do investidor, principalmente pensando na verdadeira essência descentralizadora do Bitcoin.

“Temos visto situações desagradáveis no mundo todo, onde democracias tomam decisões que envolvem censura e isso é preocupante. Todo governo tende a ser autoritário em algum momento. É só questão de tempo. Alguns podem levar gerações, outros podem levar poucos anos. Mas o poder central tende a subir à cabeça de alguém”, alerta.

“Esse é um problema que que o Bitcoin resolve, trazendo a liberdade de volta ao indivíduo. Ele permite a transportabilidade do seu patrimônio globalmente”, conclui.

Assista ao programa na íntegra: