Jean Paul Prates foi demitido da presidência da Petrobras após uma série de desentendimentos com o governo federal, culminando em sua saída. A decisão, que já estava sendo considerada por Lula há algum tempo, foi motivada principalmente por discordâncias em relação à gestão e direcionamento estratégico da empresa.
Prates, que havia assumido o comando da estatal em janeiro de 2023, enfrentou resistência interna e externa, especialmente do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
Um dos episódios mais críticos que precipitaram a demissão foi a votação sobre o pagamento de dividendos aos acionistas da Petrobras. Prates se absteve na decisão, contrariando a orientação do governo, que buscava uma estratégia mais conservadora para a distribuição de lucros.
Esse movimento foi mal recebido no Palácio do Planalto, evidenciando a falta de alinhamento entre a presidência da Petrobras e a administração federal. Além disso, havia a percepção de que Prates não estava conseguindo entregar os resultados esperados na velocidade desejada pelo governo, aumentando a pressão por uma mudança na liderança.
A demissão de Prates acontece em um momento delicado para a Petrobras, que enfrenta desafios significativos tanto no mercado interno quanto no externo. A estatal precisa equilibrar suas responsabilidades como uma empresa pública com a necessidade de ser competitiva em um setor altamente volátil e influenciado por fatores geopolíticos.
A substituição de Prates é vista como uma tentativa do governo de retomar o controle estratégico da empresa e alinhar suas operações com as políticas econômicas e energéticas desejadas pela administração de Lula.
Após a demissão de Jean Paul Prates, a estatal terá seu sexto presidente em um período de pouco mais de 3 anos. A nova presidente será Magda Chambriard, engenheira e ex-funcionária da estatal.
Lembrando que movimentos como este, em que o Presidente da República decide sacar o presidente de uma empresa listada em bolsa são muito mal vistos no mercado e entram como mais um episódio de ingerência.
Veja quem passou pelo comando da estatal nos últimos anos:
Jean Paul Prates
De janeiro de 2023 até maio de 2024
Caio Paes de Andrade
De junho de 2022 até janeiro de 2023
José Mauro Coelho
De abril de 2022 até junho de 2022
Joaquim Silva e Luna
De abril de 2021 até abril de 2022
Roberto Castello Branco
De janeiro de 2019 até abril de 2021
Richard Rytenband e o Gestor Pedro Cerize, fundador da Skopos Investimentos, participaram do painel Cenário Brasil – Oportunidades e Riscos, no Convex Day 2024. Com
No primeiro painel do Convex Day 2024, Richard Rytenband, analista-chefe da Convex Research, falou sobre o Cenário Macro Global, com foco na China e Índia.
