Ações dos EUA devem “patinar” com provável recessão

Analistas de grandes bancos de investimento já começam a questionar sobre a valorização do mercado acionário norte americano.  Em relatório recente divulgado pela Reuters, estrategistas do Morgan Stanley afirmaram que o S&P 500 provavelmente terá dificuldades em seguir avançando, após ter subido quase 14% desde o começo do ano.

Essa “patinada” das ações nos EUA deve acontecer à medida que investidores começam a questionar a sustentabilidade da resiliência da economia dos Estados Unidos, de acordo com o Morgan Stanley.

Nas últimas semanas, o índice de ações mais importante da Nyse caiu mais de 5% em relação às máximas deste ano atingidas no mês passado, enquanto o rendimento do título do Tesouro dos EUA com vencimento em 10 anos está em seu nível mais alto desde outubro do ano passado. 

“Embora limitada em magnitude de baixa, esta recente movimentação de preço é uma mudança e sugere que as ações podem estar começando a questionar a sustentabilidade da resiliência econômica que experimentamos no primeiro semestre do ano”, disse o banco de investimentos.

“Além disso, os resultados dos lucros não acompanharam o ritmo da economia este ano, exceto em algumas áreas”, continuou o Morgan Stanley.

Empresários enxergam recessão

Uma pesquisa realizada em julho e divulgada nesta segunda-feira (21) pela  National Federation of Independent Business mostrou que mais da metade (52%) dos proprietários de pequenas empresas dos Estados Unidos acredita que a economia já está em recessão, registrando uma ligeira queda entre julho e abril, apesar de a maioria das empresas relatar que sua própria condição financeira era forte.

No mercado financeiro, uma parte dos analistas fala em um “pouso suave” e minimiza as chances de uma recessão nos EUA. Mas muitos economistas alertam que esta é uma visão muito otimista e se preparam para um cenário mais desafiador.

Em artigo recente, a Forbes cita dados do Deutsche Bank e destaca que a desde a década de 1950, cada período de queda de inflação  motivada pelo aumento de juros pelo Fed coincidiu com uma recessão nos EUA.

Além disso, o aumento das taxas de cartão de crédito, hipotecas, empréstimos para aquisição de automóveis, entre outras, também reduz a quantidade de dinheiro disponível que os americanos podem gastar, impactando os lucros das empresas e nos preços das ações.

“As empresas do S&P 500 reportaram uma redução de 5,2% nos lucros no segundo trimestre, a maior queda desde o auge da pandemia de Covid-19 em 2020”, aponta o artigo.

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