Banco Central brasileiro perdeu a credibilidade?
Richard Rytenband e o Gestor Pedro Cerize, fundador da Skopos Investimentos, participaram do painel Cenário Brasil – Oportunidades e Riscos, no Convex Day 2024. Com
Sistemas complexos são conjuntos de elementos interconectados que interagem entre si de maneira não linear, ou seja, uma pequena mudança em um componente pode ter efeitos inesperados e desproporcionais em todo o sistema.
Neste tipo de sistema, novos comportamentos ou propriedades surgem das interações entre os elementos, que não são previsíveis a partir do estudo isolado das partes.
Na economia de um país, podemos observar o comportamento de um sistema complexo. A economia não é simplesmente a soma das ações individuais de consumidores, empresas e governos; ela resulta das interações entre esses agentes.
Por exemplo, uma decisão governamental de aumentar impostos pode ter efeitos que se propagam por toda a economia, afetando o consumo, a produção, o emprego e até mesmo a política de outros países.
Esse comportamento interconectado e dinâmico mostra que as previsões nem sempre são precisas e pequenas mudanças podem levar a grandes impactos.
No mercado financeiro, o conceito de sistemas complexos também fica bem claro. O mercado é formado por milhares de participantes, cada um tomando decisões baseadas em informações incompletas e expectativas sobre o futuro. Essas decisões afetam os preços dos ativos, que por sua vez influenciam o comportamento dos investidores.
“Na análise de um sistema complexo, devemos ter mais foco nas interações, do que nas partes em si, que isoladamente não possuem a capacidade de explicar a dinâmica do sistema. Por isso é fundamental a análise intermercado, considerando todas as classes de ativos: ações, títulos da dívida, commodities, moedas e criptos e os mercados globais”, afirma Richard Rytenband, analista-chefe da Convex Research.
Três autores que explicam a teoria das redes complexas aplicada à economia
Estes 3 autores produziram um vasto e completo conteúdo sobre a complexidade na economia:
César Hidalgo – físico chileno
Lázló Barabási – físico húngaro
Ricardo Hausmann – economista venezuelano
Usando a teoria das redes complexas, eles explicam porque alguns países são muito mais ricos do que outros e o que precisa mudar na estrutura produtiva para acelerar a geração de riquezas
César Hidalgo é um físico chileno conhecido por seu trabalho interdisciplinar que une física, economia e ciência de dados. Ele se destacou por suas contribuições à teoria da complexidade econômica, explorando como o conhecimento e a informação são distribuídos e utilizados em sistemas econômicos. Hidalgo foi um dos pioneiros na aplicação de métodos computacionais para mapear as capacidades produtivas de diferentes países, contribuindo para a compreensão de como o desenvolvimento econômico é impulsionado pelo acúmulo de conhecimento. Sua obra mais conhecida, “Why Information Grows: The Evolution of Order, from Atoms to Economies”, examina como a informação se estrutura e se desenvolve em sistemas complexos, desde o nível atômico até o social.
Hidalgo também é reconhecido por seu trabalho no MIT Media Lab, onde liderou o grupo de Macro Connections. Durante seu tempo no MIT, ele desenvolveu ferramentas como o “Atlas of Economic Complexity”, que visualiza e analisa dados sobre o comércio global, ajudando a identificar os padrões e as redes de produção e comércio que moldam a economia global. Sua abordagem inovadora combina visualização de dados, ciência de redes e economia para oferecer novas perspectivas sobre o desenvolvimento e a inovação.
László Barabási é um físico húngaro amplamente reconhecido por suas contribuições à teoria das redes complexas. Barabási é um dos pioneiros no estudo das redes, explorando como os sistemas complexos, de redes sociais a redes biológicas, se organizam e evoluem. Ele é mais conhecido por seu trabalho sobre a teoria dos “motores de crescimento preferencial”, que explica a formação de redes em que alguns nós se tornam altamente conectados, um fenômeno conhecido como “lei de potência” ou “distribuição de grau de escala”. Este trabalho foi fundamental para a compreensão de como as redes, tanto na natureza quanto na sociedade, crescem e se estruturam.
Barabási também é autor de várias obras influentes, incluindo “Linked: The New Science of Networks”, onde ele expande suas ideias sobre a estrutura das redes e suas implicações para diferentes campos, como a biologia, a sociologia e a informática. Seu trabalho tem impactos significativos na forma como entendemos a conectividade e a robustez de sistemas complexos, influenciando áreas como a epidemiologia, a internet, e a pesquisa de redes sociais. Atualmente, Barabási continua suas pesquisas no campo da ciência de redes, com aplicações que vão desde a compreensão de doenças até a inovação tecnológica.
Ricardo Hausmann é um economista venezuelano que se destacou por suas contribuições à economia do desenvolvimento e à teoria da complexidade econômica. Hausmann é conhecido por seu trabalho sobre “espaços de produtos”, que mapeia como as economias diversificam suas exportações ao longo do tempo, sugerindo que a prosperidade de uma nação está relacionada à complexidade dos produtos que ela pode produzir. Ele argumenta que o desenvolvimento econômico é impulsionado pela capacidade de uma economia de aprender e acumular conhecimento produtivo, e que o sucesso das nações depende de sua capacidade de expandir para novos produtos que são complexos e exigem um conhecimento técnico diversificado.
Atualmente, Hausmann é diretor do Growth Lab na Universidade de Harvard, onde ele continua a explorar as dinâmicas do crescimento econômico e da inovação. Seu trabalho também inclui a aplicação de técnicas de redes e big data para entender melhor as economias globais e suas oportunidades de crescimento. Além de sua pesquisa acadêmica, Hausmann tem atuado como consultor para governos e organizações internacionais, ajudando a desenvolver políticas que promovam o crescimento econômico sustentável e inclusivo em diversas partes do mundo.
Richard Rytenband e o Gestor Pedro Cerize, fundador da Skopos Investimentos, participaram do painel Cenário Brasil – Oportunidades e Riscos, no Convex Day 2024. Com
No primeiro painel do Convex Day 2024, Richard Rytenband, analista-chefe da Convex Research, falou sobre o Cenário Macro Global, com foco na China e Índia.
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics". |
cookielawinfo-checkbox-functional | 11 months | The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary". |
cookielawinfo-checkbox-others | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other. |
cookielawinfo-checkbox-performance | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance". |
viewed_cookie_policy | 11 months | The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data. |