De olho na Ásia: o fim da “mão pesada” da China e a desvalorização do Iene

O mercado asiático está no foco de muitos investidores e alguns locais já começam a apresentar oportunidades para aqueles que estão atentos aos fundamentos.

Na China, por exemplo, algumas ações “Large Caps” (de alta capitalização) podem estar em um momento favorável, depois de sofrerem bastante nos últimos anos.

De acordo  com o analista-chefe da Convex Research, Richard Rytenband, é importante ficar atento porque o mercado acionário chinês, que foi recentemente alvo de muitas críticas internacionais, agora está no processo de ser revitalizado pelas autoridades locais.

O objetivo é restaurar a imagem do mercado como um centro próspero e atrativo, não apenas para investidores internacionais, mas também para o público chinês.

“Querem resgatar esse mercado, colocá-lo novamente como uma vitrine para o mundo”, afirma.

Já é possível observar sinais de diminuição dessa “mão pesada” da China e muitas empresas estão com um grande desconto, fazendo com que a seleção de ativos (stock picking) seja interessante para os investidores que querem se expor a este mercado.

Mercado em atenção para o nível do dólar em relação ao iene

Já na economia japonesa, é importante monitorar a relação entre o dólar e o iene, especialmente quando a taxa de câmbio excede 150 ienes por dólar. Esse nível pode impactar negativamente o índice Nikkei da Bolsa Japonesa, que atualmente se aproxima de sua máxima histórica nominal, alcançada pela última vez durante a bolha econômica de 1989.

Atualmente, um dólar equivale a 150,15 ienes. Uma escalada além deste ponto, especialmente se ultrapassar a marca de 151,72 ienes por dólar registrada em 13 de novembro, colocaria o Banco Central do Japão diante de um desafio significativo e complexo. “E pode ser um gatilho, afetando não apenas o mercado japonês, como mercados do mundo todo, afirma Rytenband.

Lembrando que o cenário no Japão inclui uma economia em recessão, desvalorização da moeda nacional, e um mercado acionário em euforia, atingindo máximas históricas. Portanto, gerenciar todos estes fatores exige estratégias cuidadosas do governo.