A teoria do “sorriso do dólar” e o que ela significa

O conceito chamado de “sorriso do dólar” (Dollar Smile) foi criado pelos gestores Stephen Jen e Fatih Yilmaz no início dos anos 2000 e indica o movimento do dólar de acordo com a economia dos EUA.

Em uma das extremidades do “sorriso” está a economia pujante, a pleno vapor. Na outra, a atividade econômica  enfrenta sinais de desgaste e desaceleração expressiva, com forte aversão ao risco.

Nestes dois cenários, o dólar tende a se valorizar, como mostra a figura do “sorriso” abaixo:

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Para obter o desempenho do dólar, pode ser usado o US Dollar Index (DXY), que mede o desempenho do dólar diante de uma cesta de moedas de países desenvolvidos.

O DYX é composto pelas seguintes moedas:

Euro: 57,6%
Iene: 13,6%
Libra esterlina: 11,9%
Dólar canadense: 9,1%
Coroa suéca: 4,2%
Franco suíço: 3,6%

“Estamos justamente neste cenário, verificando uma valorização do dólar frente às principais moedas nas últimas semanas, o que pode ser mais uma sinalização da queda na atividade.  É importante acompanhar esse indicador de perto, já que essa valorização penaliza os países emergentes e também o mercado de commodities”, afirma Richard Rytenband, analista-chefe da Convex Research.

Recessão nos EUA?

O gráfico do “sorriso do dólar” pode estar justamente no ponto de uma crise encaminhada nos EUA, mas muitos ainda falam em “pouso suave” da economia norte-americana.

Em um post recente, mostramos uma série de indicadores que são antecedentes ao PIB (Produto Interno Bruto) e que já sinalizam uma desaceleração importante da maior economia do mundo.

Um deles é o a diferença entre o GDP e o GDI. Os Estados Unidos registram a maior diferença em 70 anos entre o GDP (Gross Domestic Product) e o GDI (Gross Domestic Income).

O GPD representa o próprio PIB (Produto Interno Bruto) que é divulgado pela mídia. Já o GDI é a soma dos rendimentos do país, conhecido como a renda interna bruta.

O GDI vem mostrando a deterioração da economia norte-americana há algum tempo, diferente do GDP. Advinha quando aconteceu a maior diferença antes desta que estamos vivendo: em 2007 e 2008”, aponta Richard Rytenband, analista-chefe da Convex Research.

Outra sinalização vem do Mercado de trabalho. Apesar de os números divulgados na mídia indicarem robustez na economia, é importante se atentar a alguns detalhes:

– Empregos produtivos sendo trocados por “bicos”
– Taxa de participação no mercado de trabalho caindo (Se as pessoas saem da força de trabalho, mesmo estando aptas a trabalhar, elas deixam de entrar nas estatísticas)
– Taxa de respondentes em queda, o que também pode impactar o resultado trazendo volatilidade para a pesquisa.

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